segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Oscar consagra

    O Oscar fechou a bem-sucedida e inusitada trajetória de "Argo", um filme que em janeiro tinha sido riscado da competição principal após não conseguir a indicação a diretor para Ben Affleck - vencedor de praticamente todas as demais premiações de Hollywood. Desde o início da cerimônia, a Academia se esforçou para "corrigir" o que tinha feito. "Eles sabem que erraram feio", disse o apresentador Seth MacFarlane sobre a esnobada a Affleck, que mais tarde chamou de "multitalentoso".
Affleck estava muito feliz ao aceitar o prêmio de melhor filme ao lado dos coprodutores Grant Heslov e George Clooney. Falando de modo acelerado, ele disse que quando ganhou seu primeiro Oscar (pelo roteiro de "Gênio Indomável", em 1998), "era uma criança que não sabia o que estava fazendo". "Nunca pensei que ia voltar", afirmou. "Mas aqui estou."
Vitórias (e empate)
    Nas demais categorias, a principal surpresa foi o amor da Academia por "Django Livre" . Considerado um concorrente menor, o filme levou melhor roteiro original para Quentin Tarantino e ator coadjuvante para Christoph Waltz , que bateu os favoritos Tommy Lee Jones ( "Lincoln" ) e Robert De Niro ( "O Lado Bom da Vida" ). O austríaco, que ganhou o mesmo prêmio há três anos por "Bastardos Inglórios", também de Tarantino, chamou o diretor de "herói".
Um dos resultados mais interessantes da noite foi o da categoria edição de som, que deu empate - apenas a sexta vez em que isso aconteceu nos 85 anos do Oscar. O prêmio foi dividido por Per Hallberg e Karen Baker Landers, de "007 - Operação Skyfall" , e Paul N.J. Ottosson, de "A Hora Mais Escura" , única vitória do longa sobre a caça a Osama bin Laden que em certo momento chegou a ser favorito à estatueta principal. Michael Haneke levou melhor filme estrangeiro por "Amor" e "Valente" bateu "Detona Ralph" na categoria animação.
    Algumas barbadas se confirmaram, entre elas o prêmio para Daniel Day-Lewis, de "Lincoln", que se tornou o único a vencer três vezes na categoria melhor ator . Aplaudido de pé, ele fez o discurso mais elegante da noite, brincando com a apresentadora Meryl Streep, fazendo um bonito agradecimento à mulher, Rebecca Miller, e dedicando a estatueta à mãe. Day-Lewis também fez questão de tecer elogios ao diretor Steven Spielberg, o maior perdedor da noite, cujo longa liderava as indicações (12 categorias), mas só levou dois prêmios (ator e direção de arte).


Meritos: ultimo segundo

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