domingo, 8 de janeiro de 2012

Jornal Agora | Cameron ameaça vetar imposto sobre transações fina ...

O primeiro-ministro britânico David Cameron disse neste final de semana que deve vetar a criação de um  tributo sobre transações financeiras aplicável à Europa, a menos que o mesmo seja imposto globalmente,
Cameron ameaça vetar imposto sobre transações financeirasaprofundando assim seu enfrentamento contra as principais economias da Europa, da Alemanha e da França.

Cameron disse que a França deveria agir livremente e introduzir a taxa sobre transações financeiras dentro de suas fronteiras, se assim o deseja. Mas Paris e Berlim tem feito lobby pela criação do imposto financeiro em toda a União Europeia, mesmo sob forte resistência britânica, que teme prejuízos de grande monta à City de Londres, o principal centro financeiro do mundo.

A ameaça de veto de Cameron chega depois de ele já ter confrontado os parceiros da UE, ao vetar um novo tratado de maior integração fiscal na zona do Euro, que visava a neutralizar a crise da dívida da moeda comum europeia. Críticos dizem que seu novo movimento deixa a Grã-Bretanha isolada diante dos demais 26 países do bloco europeu.

"A ideia de um novo imposto europeu quando não haverá a mesma taxação colocada sobre outras regiões [do mundo], eu não acho que seja sensato, e, por isso, vou vetá-la", disse Cameron, em entrevista à rede BBC. "A menos que o resto do mundo todo concorde ao mesmo tempo em aplicar tal taxação, nós não deixaremos esta ideia ir em frente", assegurou.

Medidas de tributação que alcancem toda a União Europeia requerem aprovação de todos os 27 países do bloco. Mas o presidente francês Nicolas Sarkozy prometeu na sexta-feira, 6, avançar com o novo imposto sobre transações financeiras, também conhecido como taxa Tobin, mesmo sem os demais parceiros da UE, em face da forte resistência britânica à ideia.

Cameron sugeriu aos outros líderes europeus que copiem os impostos que a Inglaterra tem sobre os bancos e as transações com ações. "Eu diria a esses outros líderes europeus que, se desejarem, façam o que a Grã-Bretanha faz. Nós temos uma taxa bancária para que os bancos contribuam adequadamente, temos "imposto de selo" sobre transações de ações, você pode fazer essas coisas", disse ele.

O órgão executivo da Comissão Europeia aprovou formalmente em setembro do ano passado planos para um imposto sobre transações financeiras. Segundo o plano, sobre a comercialização de ações e títulos incidiria uma taxa de 0,1%, enquanto operações com derivativos seriam taxadas a 0,01%. A ideia volta a ser discutida quando Sarkozy e a chanceler alemã, Angela Merkel, se reunirem nesta segunda-feira, em Berlim, e em uma reunião do Conselho Europeu em Bruxelas, em 30 de janeiro. Enquanto a França sinaliza em avançar mesmo sozinha, Alemanha e Itália sustentam a ideia de um imposto que alcance todos os membros do bloco europeu.

com informações de The Telegraph

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