A Petrobras (BOV:PETR3, BOV:PETR4) fechou, na última quarta-feira, um
negócio que tem sido visto com apreensão dentro da própria companhia: a
venda de sua unidade argentina, a Pesa, ao empresário Carlos Fabián,
executivo do grupo Idalo e amigo da atual presidente do país, por cerca
de metade do preço. Segundo a petrolífera, a transação fez parte de uma
estratégia de reforçar o caixa da empresa, que espera levantar cerca de
U$10 bilhões através da venda de seu patrimônio no exterior.
Os fatores acerca da operação que incomodam investidores e analistas
estão relacionados aos valores, o momento da venda e a identidade do
novo sócio, frequentador de cassinos e jogos de azar. A Indalo, que se
tornará dona de 33% da Pesa, deverá pagar uma quantia equivalente a
U$238 milhões por todas as refinarias, distribuidoras e unidades de
petroquímica operadas pela Petrobras, patrimônio avaliado por técnicos
em pelo menos U$400 milhões. Além disso, as ações da Pesa passaram a se
desvalorizar, caindo mais de 60% desde 2011, o que leva especialistas a
questionarem o momento, uma vez que a venda poderia ser efetuada após a
Pesa recuperar seu valor de mercado.
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