quarta-feira, 20 de março de 2013

O Chipre deu tilt

O Ibovespa terminou a terça-feira em baixa, seguindo as principais bolsas norte-americanas e européias, que fecharam novamente em território negativo após o Parlamento de Chipre rejeitar de forma esmagadora o imposto sobre os depósitos bancários, que era a condição para um pacote de resgate internacional. Trinta e seis membros do Parlamento de 56 assentos votou contra a medida, enquanto 19 se abstiveram. O euro caiu para abaixo de 1,29 em relação ao dólar, atingindo a mínima desde novembro de 2012.

A proposta de taxação de correntistas do país, que motivou uma corrida bancária por saques e transferências de recursos e trazendo insatisfação popular, previa imposto sobre os depósitos bancários de 9,9% para valores acima de € 100 mil e de 6,75% para valores abaixo de € 100 mil. Com o aumento das incertezas em relação a Chipre, o mercado especula sobre uma possível renúncia do ministro das Finanças, Michael Sarris, além de uma possível saída do país da zona do euro. Os bancos do país permaneceram fechados, assim como as negociações em bolsa de valores, que continuam suspensas até quinta-feira.

No último dado disponível, a Bovespa teve retirada de capital externo de R$ 64,321 milhões no dia 15, acumulando saldo de R$ 8,263 bilhões no ano.

Os principais índices europeus fecharam em baixa, após a rejeição do Parlamento de Chipre dos impostos sobre os impostos bancários. Na zona do euro, o indicador Zew de sentimento econômico ficou em 33,4 em março, abaixo dos 42,4 de fevereiro. O CAC, o DAX e o FTSE variaram -1,30%, -0,79% e -0,26%, respectivamente.

As bolsas asiáticas terminaram o dia em alta, com o Nikkei
subindo 2,03% antes da votação do Parlamento de Chipre.
Há também expectativas com o Banco do Japão, pois o atual presidente Masaaki Shirakawa termina o seu mandato de 5 anos na terça-feira, quando passará o comando para seu sucessor, Haruhiko Kuroda, que poderá anunciar novas medidas de estímulo na reunião do BOJ no próximo mês. O Shanghai Composite recuperou-se das perdas recentes após atingir a mínima histórica de 2013 ajudado pelos dados dos investimentos estrangeiros diretos, que subiram 6,3% em fevereiro, acima dos -7,3% de janeiro e do esperado de -4,8%.jornais bcb,bbi

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